Tartaruga de seis milhões de anos pode ter traços de DNA
Uma equipe de pesquisadores anunciou que pode ter encontrado vestígios de DNA antigo em ossos fósseis de uma tartaruga extinta de seis milhões de anos atrás. Se confirmado, a nova descoberta prova que o material genético pode persistir por muito mais tempo do que se pensava anteriormente.
O gênero Lepidochelys inclui várias espécies de tartarugas marinhas, sendo as mais conhecidas Lepidochelys kempii e Lepidochelys olivacea. Infelizmente, todos eles estão em risco de extinção devido à perda de habitats costeiros, captura acidental e outras ameaças.
No entanto, a história da evolução deste gênero ainda é pouco compreendida, em grande parte devido à falta de fósseis indiscutíveis para este grupo. As tartarugas marinhas têm ossos leves e poucos ossos duros que se fossilizam bem, dificultando sua preservação, então o interesse pela nova descoberta é muito grande. Como parte do estudo, os cientistas descreveram uma carapaça parcialmente preservada encontrada na formação Chagres (Mioceno superior) no Panamá. A casca tem cerca de seis milhões de anos e representa o fóssil mais antigo de Lepidochelys. Esta espécie é potencialmente parente próximo da espécie antiga recém-descoberta L. olivaceacar. Tem um número semelhante de escamas pleurais, no entanto, seu status taxonômico exato permanece incerto.
Os cientistas também explicam que eles foram capazes de isolar potencialmente vestígios de DNA contido nos osteócitos da tartaruga. Essas células desempenham um papel importante no metabolismo ósseo e na regulação de sua densidade. Olhando para os osteócitos sob um microscópio, os pesquisadores notaram neles estruturas internas que se assemelham a núcleos. O núcleo é a parte da célula que contém o DNA, o material genético do corpo. Em seguida, os pesquisadores realizaram um teste para a presença de DNA nessas estruturas que se assemelham a núcleos. Para sua surpresa, o teste deu positivo.